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Feliz um mês de blog!

  • Writer: Maria Clara Castro
    Maria Clara Castro
  • Nov 14, 2020
  • 3 min read

Nossa, 30 dias do Pensando Alto. Se me contassem há um ano que eu iria lançar um blog, nunca acreditaria. Daria uma gargalha, uma revirada de olhos e diria “loucura!”. Bem, agora digo “surpresa!” para Maria Clara de um ano atrás e congratulo a Maria Clara que finalmente tomou a iniciativa de colocar esse projeto em ação. Como comemoração, hoje gostaria de falar sobre algo que ando refletindo nas últimas semanas.

Aviso: citarei um filme e muito provavelmente darei spoilers

Na siesta de segunda-feira – ou no descanso pós buchinho cheio do almoço, chame do que preferir –, estava eu passeando pelo catálogo da Netflix. Optei por ver um filme que estava na “Minha Lista” há um tempo: Questão de Tempo (About Time). Olha, se você já assistiu, concordemos, é sensacional; se você não assistiu, assista.

A sinopse do longa-metragem em questão: Ao completar 21 anos, Tim (Domhnall Gleeson) é surpreendido com a notícia dada por seu pai (Bill Nighy) de que pertence a uma linhagem de viajantes no tempo. Ou seja, todos os homens da família conseguem viajar para o passado, bastando apenas ir para um local escuro e pensar na época e no local para onde deseja ir. Cético a princípio, Tim logo se empolga com o dom ao ver que seu pai não está mentindo. Sua primeira decisão é usar esta capacidade para conseguir uma namorada, mas logo ele percebe que viajar no tempo e alterar o que já aconteceu pode provocar consequências inesperadas. (Retirado do site adorocinema.com.br)

De um primeiro momento, pensei que ia ser uma comédia romântica bem inglesa, mas não. Ó céus, como estava enganada! Para mim, foi uma lição de vida.

O personagem principal, Tim, era bem próximo ao pai e quando este ia falecer resolveu dar uma última lição ao filho: a fórmula secreta da felicidade.

Por muito tempo me questionei – e ainda questiono – o que significa viver uma vida feliz? Para ser feliz preciso viver momentos grandiosos ou cometer loucuras diariamente? A felicidade é aqui ou lá? Ela é do presente ou residente fiel do futuro ou até mesmo das memórias do passado?

Sinceramente, eu não sei. Mas gosto de pensar como o pai de Tim, a felicidade está em apreciar os detalhes.

Sim, o trânsito é caótico. Sim, o vizinho é barulhento. Sim, bater o mindinho na quina dói. Sim, ir mal em uma prova é péssimo. Sim, brigar com quem gosta é horrível. Sim, sim, sim. E você está certo em sentir raiva, frustração e decepção que vem acompanhadas a esses acontecimentos. Mas, atente-se aos detalhes também. Não sabe como? Olha essa imagem:


Imagem retirada do twitter @LandoNorris

Este é o piloto britânico da McLaren Lando Norris. Quando seu voo de volta para casa é na segunda-feira, o garoto no domingo pós corrida permanece junto à equipe ajudando-a a desmontar seu carro e espaço do box. Lando acredita que é uma forma de se aproximar aos mecânicos e engenheiros, criar um laço. E é aí onde está o ‘detalhe’.

Um piloto de Fórmula 1, obviamente, objetiva ser campeão mundial. O caminho para tamanha conquista, é longo. Há então duas opções: 1) focar em seu objetivo e o alcançar o mais rápido possível, ou 2) apreciar a caminhada, seja aprendendo com seus erros, conquistando poles e pódios ou ajudando sua equipe a desmontar o carro. A frase que Lando usou ao tuitar a foto acima elucida perfeitamente o apreciar detalhes: Se você quer ir rápido, vá sozinho. Se você quer ir longe, faça isso juntos.

McLarismo e Landismo à parte, eis um outro exemplo:

Rio de Janeiro. Setembro de 2017. Meus pais e eu fomos à cidade maravilhosa. Resolvemos ir à praia. Mainha besuntada no protetor solar e aproveitando na areia, enquanto eu e painho fomos ao mar depois de passar uma fina camada do protetor – não pense que queríamos, era só para minha mãe parar com o muído em nossas cabeças. Era pôr do sol. O céu estava uma manga rosa de Alceu Valença. O mar vinha num requebrar calmo, mas envolvente. Mergulhos, braçadas e jacarés – ou bodysurf amador, se preferir. Naquele momento eu pensava nos detalhes. Provas, testes, matérias acumuladas, basicamente o estresse que o ensino médio me proporcionava estava longe de minha mente. Os detalhes pareciam ser mais importantes. O gosto salgado em meus lábios, aquele sol de fim de tarde, o morno da água, as risadas, as palhaçadas de meu pai... Os detalhes eram mais importantes.

O que quero dizer é: trace metas, sonhe alto, ouse querer ir longe, olhe para frente. Porém veja, pense, reflita, curta o que há ao lado. Há algo de belo e essencial no caminho. Atente-se aos detalhes.

Se você leu até aqui, muito obrigado. Se você está acompanhando o blog, muito obrigado. Feliz um mês!

 
 
 

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